quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O sol de cada dia


Serve esta cronica para retratar um certo elemento que existe frequentemente em grupos pseudo, interessados em assuntos básicos mascarados de intelectualmente superlativos.
A Espertalhuça é aquela amigalhaça que cultiva a publicitação da unha de gel e da depilação definitiva. Bem disposta, sempre pronta para dar a sua opinião seja sobra a temática do corpo menos firme do tremoço do café in da Caparica ou sobre os tipos degenerativos da feminilidade atual.
Ora acontece que a Espertalhuça é, geralmente, desenxabida e com curvas apenas nos tornozelos, pouco apetecível a não ser depois de uns quantos gins ou do seu enriquecimento através de obras literárias que nos fazem acreditar no criacionismo das letras.
A Espertalhuça é porreira, está sempre nas festas cuja cobertura é feita pelas revistas cor de rosa e é uma espécie de mascote das tias que gostam de combinar a capa de um livro com as suas malas Cavalli.
À partida não tenho nada contra as Espertalhuças mas irrita-me que gozem de um estatuto especial na sociedade. Às Espertalhuças tudo é permitido, desde acusar verdadeiros talentos de se terem recusado a editar as suas histórias por não quererem "subir deitadas", até fragmentarem o género feminino numa espécie de hierarquia em que em vez de se defender a liberdade de conceitos se aprimora o machizante preconceito.
Agora vamos lá ver o que acontece quando uma miúda que usa sapatilhas, lenços na cabeça e não anda a contribuir para os diabetes intelectuais, faz qualquer uma destas coisas!
É que falar de assuntos com interesse dá trabalho (e não faz com que nos paguem para escrever cronicas!) e surge logo uma moralista defensora da liberdade de expressão para lhe dizer que é uma pseudo intelectual, uma chata e uma invejosa!
Ser interessante dá trabalho e que o digam algumas das minhas amigas mais inteligentes que foram vendo a sua reputação sistematicamente denegrida por homens que não as levaram para a cama porque elas tinham mais o que fazer e por aqueles com que se deitaram por ser suposto elas terem mais o que fazer! Sem falar das mulheres que vão alardeando os seus casos e acessos de excessividade argumentativa por nunca saberem do que as ditas estão a falar...
Porquê? Porque não é suposto uma mulher pensar!
E quanto às Espertalhuças o melhor seria arranjaram uma artrite reumatóide que as impossibilitasse de passar para o papel alguns disparates ou então uma limpeza cerebral. Ou ambas!

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